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domingo, 11 de enero de 2009

Pré-capitalismo e Crítica da Cultura Tradicional ( Notas sobre Ernst Bloch).



Ernst Bloch empenha-se em busca do campo estético como o concretamente utópico e constata que as formas pré-capitalistas jamais realizaram os conteúdos visados do solar, do solo, dos "de baixo", de sorte que estes focos do tradicional na cultura já guardam desde o começo a qualidade de intenções insatisfeitas.

O problema da análise blocheana é a coincidência no momento exterior: o opor não-contemporâneo do pequeno homem que coincide com as manifestações residuais da sociedade antiga sem implicar isto em correlações funcionais com as formas pré-capitalistas.

O estudo dos Anos Vinte por Ernst Bloch se desenvolve a partir da percepção da desagregação dos valores chevaleresques feudais em detrimento da pessoa dos camponeses como levando à afirmação do princípio cultural da Igreja.

Deste ponto de vista descobre-se uma profunda ambigüidade e certa complementaridade no processus de abertura do mundo moderno, acentuadas com a obra devastadora da revolução francesa ao fazer desmoronar por completo a superestrutura das relações econômicas do passado remoto (patriarcal e comunitário)[1].

Em conseqüência, afloraram na abertura do mundo moderno as seguintes situações:

1º) – (1a) que a burguesia afirmou a vontade individual ao lograr um poder político e (1b) que esta mesma burguesia, em câmbio, permaneceu debilitada inclusive no aspecto de crença e reconhecimento público do seu modo de ser;

2º) – que, nas regiões do mais tenaz reduto do medievo, como a Alemanha, esse Eu externamente liberado e a ascensão capitalista levaram não ao poder político, mas ao fracasso da vontade individual e à falta de escrúpulos do Estado autoritário. Surgido este, por sua vez, na seqüência de inumeráveis príncipes pavorosamente emancipados todos eles e na base da ausência de unidade econômica combinando-se à falta no país de maturidade política e à inexistência de uma entidade jurídica.

3º) – com o desmoronamento da superestrutura de relações econômicas de um passado remoto, os demais países perderam a mentalidade comunitária;

4º) – na Alemanha, essa mentalidade comunitária e até mesmo a profundidade do sentimento de interioridade herdado do gótico tardio e do afundamento na consciência coletiva do tabu sacramental, se subtraindo ao fracasso político, foram se refugiar no âmbito do meramente afetivo e emocional [2] - daí surgirá a psicologia coletiva fenomenológica típica do pequeno homem e o concretamente utópico que sobressaem nas observações de Ernst Bloch sobre os anos vinte.

***
Leia o artigo completo de Jacob (J.) Lumier no seu perfil junto ao OpenFSM

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17 de abril -- Participa en el Día Internacional de las Luchas Campesinas
Para conmemorar el Día Internacional de las Luchas Campesinas el 17 de abril estoy junto con el movimiento internacional la Vía Campesina que hace un llamado a sus organizaciones miembros, a sus aliados, y a quienes apoyan al movimiento a unirse contra las transnacionales quienes tratan de apoderarse de sistemas de alimentación y agricultura en todo el mundo.